De 1990 a 1999
A década de 90 trouxe várias mudanças para o grupo Algar, como a adoção do nome Algar, dispensando o uso da sigla ABC e a saída do grupo dos setores de veículos e industrial. O período marcou uma forte reestruturação nos negócios do grupo, segmentando as empresas em quatro grandes áreas: Telecom, Agrobusiness, Entretenimento Serviços.
No ano de 1993, faleceu o Comendador Alexandrino Garcia, fundador do grupo Algar, que deixou um legado que segue presente até os dias de hoje em todas as ações das empresas do Grupo.
Acompanhando as mudanças do mercado, em 1995 o grupo Algar criou uma nova logomarca com o intuito de transmitir a evolução que acompanhava seus negócios. Em 1999, foi acrescentada em sua marca uma seta apontada para a frente e para o alto, além da adoção das cores verde e amarelo.
Em 1993, foi lançada a Algarnet, com o objetivo de agilizar a comunicação do Grupo ABC Algar colocando em funcionamento no mês de fevereiro sua rede de comunicação corporativa. A Algarnet mesclou toda a comunicação de dados entre as empresas do Grupo, oferecendo serviços de videotexto e correio eletrônico.
Dando continuidade a seu ciclo de inovação e investimento em boas oportunidades de negócios, o grupo Algar investiu na criação de novas empresas e promoveu algumas fusões entre suas unidades nos anos 90:
O grupo Algar finalizou a década com uma reformulação financeira, culminando na troca de gestão e Reestruturação do Conselho de Administração da Algar.
No final dos anos 90, a configuração do grupo Algar por setor era formada pelas seguintes empresas:
Alexandrino Garcia
Após a morte do Comendador Alexandrino Garcia, a Prefeitura de Uberlândia homenageou o pioneiro das telecomunicações em dois momentos distintos:
Luiz Alberto Garcia
Luiz Alberto Garcia assumiu a presidência do Conselho de Administração do grupo Algar em 1993, após o falecimento de seu pai. Sua gestão trouxe grandes resultados para o Grupo na década de 90. Ele presidiu importantes associações nacionais ligadas às telecomunicações, bem como recebeu homenagens pelo seu trabalho:
Participação em associações:
Homenagens:
O setor de telecomunicações passou por diversas mudanças nos anos 90, como forte desregulamentação, entrada de novos operadores no mercado, privatização e incentivo à concorrência. Esses fatos fizeram com que a CTBC, atual Algar Telecom, se adaptasse para acompanhar o cenário de mudanças do mercado.
Em dezembro de 1994, a CTBC extinguiu a coordenação de Telefonia Móvel Celular e criou a CTBC Celular, uma empresa independente, para atender o crescimento acelerado da demanda de telefones celulares.
Em 1996, a CTBC promoveu o primeiro Tour Mercadológico Internacional, com a participação dos associados da CTBC, Engeset, Algar e ABC Propaganda, que visitaram as cidades de Atlanta e Orlando (EUA) para conhecer empresas de telecomunicações, com o objetivo de ter contato com a realidade de um mercado competitivo.
A CTBC aumentou o número de canais de TV a cabo e se atualizou para atender às demandas dos clientes em 1998.
Também foi criado o cartão Image Club, que podia ser usado em uma rede de mais de 200 estabelecimentos credenciados pela Policard de Uberlândia.
Em 1999, foram criados os códigos de acesso para ligações telefônicas de longa distância, que permitiam aos consumidores escolher através de qual empresa de telecomunicações eles preferiam fazer suas chamadas (nacionais e internacionais). O código da CTBC é o 12, que passou a ser estampado em todas as comunicações da empresa.
No mesmo ano, a CTBC Celular e Telemig Celular unificaram a cobertura para telefonia celular no estado de Minas Gerais.
Em sua permanente busca pela inovação, a CTBC lançou novos e diversificados serviços para seus clientes na década:
Em 1990, a CTBC implantou um cabo óptico interligando a Central telefônica 336, situada no centro urbano de Uberaba (MG), ao Distrito Industrial III, numa extensão de 27 Km. Foram utilizados 180 Km de fibras ópticas fabricado pela ABC Xtal, empresa do Grupo Algar, que multiplicou a sua capacidade em quatro vezes.
Em 1991, buscando defender a renovação da concessão da CTBC, aconteceu o movimento “Caravana de Clientes a favor da CTBC”.
Foram disponibilizadas unidades móveis para manutenção nas redes de fibras ópticas, inicialmente nas regiões de Uberlândia, Uberaba e Franca, em 1995.
Em 1997, por meio de um acordo com o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), foi implantada uma rede de fibras ópticas ao longo dos leitos das rodovias federais que cruzavam a área de concessão da CTBC.
O Consórcio Algar, liderado pela Lightel (subholding do grupo para o segmento Telecomunicações e Informática), venceu a disputa pela área 3 da Banda B de telefonia celular nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, em 1998.
Em 1999, a CTBC assinou o maior contrato de sua história, até então, com Siemens e Ericsson, nas áreas de expansão de comutação e transmissão. O objetivo era universalizar o atendimento da população na área de telefonia fixa.
O comendador Alexandrino Garcia sempre buscou encontrar soluções que pudessem contribuir com a sociedade de diversas formas. A década de 90 marcou ao início de ações que visavam ajudar a comunidade.
A CTBC apoiou diferentes projetos por meio de recursos próprios ou leis de incentivo, com forte orientação para aqueles voltados para educação e cultura.
Na área da educação, a CTBC apoiou projetos que consistiam em apoio estrutural com pintura de prédios, compra de equipamentos, assinatura de jornal e assistência especializada para professores de algumas escolas da sua área de atuação.
No quesito cultural, a CTBC teve uma forte presença no incentivo às artes, por meio de patrocínio de diferentes projetos culturais, como: peças de teatro, o Festival de Dança do Triângulo, publicação de livros e de grupos ligados à cultura regional.
Em 1996, foi criado o Telefone Verde, que consistia em um serviço de informações criado pela CTBC com o objetivo de despertar a consciência ecológica, buscar informações ou fazer denúncias sobre a destruição da natureza. O trabalho foi estendido para a comunidade, com a criação do personagem que visitou escolas públicas, reforçando o discurso de preservação do meio ambiente.
Foi criado também o Programa de coleta de baterias de celular, lançado pela CTBC em 30 cidades de sua área de atuação em 1999.
Além de novos serviços alinhados às necessidades do mercado, a CTBC sempre procurou manter-se um passo à frente, tornando-se reconhecida pelo pioneirismo e vanguarda tecnológicos. Alguns destaques dos anos 90:
Em 25 de novembro de 1998, foi inaugurada uma nova sede da CTBC em Uberlândia, para abrigar o Centro Administrativo da empresa. A sede foi o primeiro prédio inteligente do estado de Minas Gerais, com uma estrutura operacional que permitia uma visão integral da rede telefônica, evitando paralisação, prevenindo e corrigindo eventuais problemas em qualquer ponto da rede.
Na década de 90, a Algar Mídia investiu em melhorias no Jornal Correio nos aspectos editoriais e de distribuição, além de parcerias para diversificar sua forma de apresentar os conteúdos.
Em 1996, em parceria com a Image TV, veiculou o programa Correio na TV. Além disso, no mesmo ano, inovou e disponibilizou seu conteúdo por meio da internet.
A Algar Mídia lançou a NetSabe, uma lista classificada na Internet, na qual o usuário conseguia achar o endereço, site da empresa ou serviço que procurava.
Em 1996, lançou projeto Reciclagem de lixo, que foi desenvolvido pela Algar Mídia e Engeset, com foco na redução de desperdícios.
Em 1994, o Jornal Correio desenvolveu o projeto “Correio Educação”. Diariamente, o jornal era distribuído a mais de 1.500 alunos de seis escolas municipais de Uberlândia, passando a atuar como uma importante peça de apoio pedagógico.
Em 1998, a Algar Agro e Sementes Agroceres, do grupo Monsanto, fecharam um acordo comercial com o objetivo de aumentar a participação das duas empresas do mercado mineiro de sementes de soja.
A Algar Aviation venceu uma licitação da Infraero para concessão de um Box no terminal aero rodoviário do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e faz acordo comercial para fretamento de voos com a Táxi Aéreo Campinas, de Juiz de Fora, no ano de 1993.
Rio Quente Resorts, em 1993, lançou um cartão inteligente que possibilitava aos hóspedes a realização de todos os tipos de operações nos hotéis, em substituição ao uso do dinheiro em espécie.
O início das atividades da Universidade Algar, com o objetivo de preparar e desenvolver os Talentos Humanos em processos de educação continuada, aconteceu em 1998.
Em 1998, foi criada a Algar Call Center Service (ACS, atual Algar Tecnologia), voltada para a prestação de serviços de relacionamento com o consumidor.
Em 1991, a Engeset fundiu-se com a Engeredes, que nasceu da terceirização dos serviços da CTBC, com o objetivo de prestar serviços de construção e manutenção de redes urbanas.
Com apenas quatro anos de atividade, a Engeset atingiu um recorde no Brasil. A empresa implantou 1200 quilômetros de cabos de fibra ótica diretamente enterrados em 10 meses. Foi pioneira no processo de implantação de cabos óticos e se ajustou como uma grande integradora no serviço de telecomunicações.
Em outubro de 1991, a ABC Autrônica foi construída para projetar, produzir e comercializar a tecnologia da Magnetti Marelli e dos circuitos híbridos desenvolvida pela ABC Xtal.
ABC Construtora participou da construção, manutenção e operação do Sistema Integrado de Transporte (SIT) da cidade de Uberlândia, por meio de consórcio envolvendo a construtora Andrade Gutierrez e o grupo Algar: o resultado é a criação da Comtec (1995).
ABC XTAL Microeletrônica S/A – empresa do grupo ABC Algar, inicia no mês de setembro de 1991 a exportação de seus cristais osciladores, da linha profissional, para os Estados Unidos da América.
A ATL iniciou os serviços de Banda B da telefonia celular nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, por meio do sistema digital TDMA (1998).
A Engeredes fechou contrato de fornecimento de redes de telecomunicações para a Vésper. Em 1999, inaugurou o primeiro trecho de seu projeto de backbone óptico.
Em 1998, foi criada a Agrisat Soluções Integradas, consórcio em parceria com empresas Du Pont, Manah e Case, voltada para oferecer serviços de agricultura de precisão.